quinta-feira, 22 de novembro de 2018

Espondilite Anquilosante e exercícios físicos... e agora? Desafio Pilates

Boa noite,

Como é bom estar de volta!!!


Bora ao tema do post: EXERCÍCIOS FÍSICOS!! Dá um gelo na coluna, não é?



Pois bem, só para salientar, não faço isso aí da imagem porque não tenho um top claro, só para esclarecer! kkkkkk

Brincadeiras à parte, em cada consulta ao meu Reumatologista - e olha que são muitas ao ano - ele repete, como louco, que tenho que fazer exercícios físicos... blá, blá, blá! Tadinho dele, é o mesmo que dizer que preciso emagrecer! Entra por um ouvido e sai pelo outro, nem considero essa hipótese!

Mas ele tem toda razão! Odeio exercício físico, faço meia hora de caminhada e já quero desistir de viver!! Academia então, nem para pagar meus pecados mais pecaminosos!!

E tenho toda razão também: uma hora de exercícios, para mim, equivalem a dois dias de dor, de tornozelos inchados, de costas ardendo, de ciático atacado... uma verdadeira tortura.

Porém, à medida que insisto em praticá-los, mesmo com dor, esses incômodos vão sumindo, o inchaço desaparece, as dores vão amenizando e o ciático, já na terceira sessão de exercícios, me esquece. Como num passe de mágica!
Basta desanimar por uns dias e pronto! Não volto mais...

Que feio, não é??? Se faz bem, porque não começar já??? 

Bora malhar... 

Mas precisamos ter alguns cuidados.

Primeiro temos que escolher um profissional que seja habilitado a nos auxiliar, já que muitos de nós têm limitações em seus movimentos e capacidade física. Tanto o Fisioterapeuta quanto o Educador Físico precisam ter conhecimento do significado desta patologia, sintomatologia e principalmente quais os tipos de exercícios serão os mais indicados. 

Segundo escolher um local que nos fará sentir acolhidos, afinal existem academias com pessoas tão malhadas que nos sentimos inibidos de chegar perto, podem até dizer que não, mas não conheço ambiente mais hostil para uma gordinha ou alguém fora de forma que uma academia badalada!

Escolhidos profissional e local, é só se libertar... lembrar que cada pedacinho do nosso corpo tem uma fibra possível de dor, de atrofia, e que precisa se esticar, se alongar, e se tonificar para se manter sadia.

Pronto, agora que já sabemos a receita, boar colocar em prática????

Semana que vem começo pelo Pilates, vou contando a vocês a minha experiência!


Ahhhh e me contem nos comentários a experiência de vocês... não faz nenhum exercício? Bora começar Pilates comigo? Vamos ver quem fica mais tempo????

Lançado o Desafio Pilates... Até quarta-feira, depois da primeira sessão!!! 

EA e eu... Eu e a EA!!

Boa noite amigos, 


Já disse em outras publicações que o blog é uma Terapia???

De fato, falar sobre a doença ajudou-me no início, nas fases de negação - aquela que a gente afirma "não pode ser, não tenho isso aí de nome complicado", e da aceitação - quando dizemos "Seja feita a vontade de Deus".

Com esse pensamento, ao descobrir a doença, me vi nas madrugadas pesquisando e escrevendo como se estivesse com um grupo de amigos que sabia exatamente o que eu estava sentindo, e nesses momentos, passava a me sentir acolhida.

Pois é isso que o blog traz à minha vida: sentimentos de acolhimento, confiança, alegria!

Durante esse ano estive correndo atrás do prejuízo e voltei a cursar minha faculdade de Direito.

E, em todas as aulas, meus amigos do blog vêm ao meu pensamento, tanto os que sofrem com a nossa amiga EA e como os que buscam saber o que é isso... e posso afirmar com toda certeza: como o Direito está presente em nossas vidas!!

Nas aulas de Direito do Trabalho, Direito Civil, e no Previdenciário então, a todo momento usando nosso exemplo em aulas, das nossas dificuldades em conseguir uma aposentadoria, ou até um reconhecimento que fosse por parte dos peritos do INSS!!

Tentei ficar longe do blog, para deixar de viver em função da EA. Mas, não tem jeito e sou prova disso: não tem como ignorá-la. Ela sempre se faz presente, se faz lembrar.

Ouvi muitas vezes das pessoas próximas para deixar de focar na doença, que isso estava me deixando chata "só fala disso", mas como esquecer algo que acorda com você? Que está em todos os seus movimentos? Se senta, se levanta, se acorda, se tenta dormir, não tem como esquecer essa sensação de insegurança, a dor nova que aparece do nada, ou de um movimento impensado, a dor nossa de cada dia!

Por isso, estou aqui de novo, ficar longe do blog não resolveu muita coisa não... Bora tentar fazer diferente, bora ficar perto do blog de novo!!

Próximo post, daqui a pouco, a dificuldade em fazer exercícios que temos, e que é uma recomendação em quase todas as consultas médicas!

Até daqui a pouco, e que jamais nos percamos novamente!

Estou de volta kkkkkkk


    


quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

Ano Novo... medo velho!!

Boa tarde,

Ano novo, vida nova, esperanças que se renovam... quem dera!

Doença ativa novamente, dores já na segunda semana de janeiro, mas como sou teimosa, sigo em frente!

Tantas pessoas me procuram para contar sobre as dores que sentem, as maneiras que encontraram para escapar da depressão, como estão superando essa fase terrível de suas vidas. Mas a esmagadora maioria sempre vem em busca de ajuda, de alguém que possa orientá-las, de alguém que as escute e as entenda, pois conhece suas dores. 

Talvez a maior dor que a EA cause seja na alma... já escrevi sobre isso em algum post passado (não me lembro qual), mas a cada dia que vivencio minhas dores, que conheço um novo espondiloamigo (como nos chamamos) tenho mais certeza que a tristeza de carregar sozinho as mazelas da doença é o que mais fere o paciente de EA.

Li essa semana algo sobre a solidão, sobre um estudo norte-americano que enfatiza que viver sozinho e isolado socialmente pode ser tão perigoso para a saúde quanto ser obeso ou viciado em drogas. Um outro artigo divulga um estudo recente da Brigham Young University (Estados Unidos) que reforça a tese de Aristóteles (384 a.C.-322 a.C.), de que o homem é um ser social e precisa dos outros, e jamais deveria ser só.

Por amor, por solidariedade, por fé, ninguém deveria ser só!
Essa solidão a que me refiro é aquela de saber-se só, sentir-se só. Não viver sozinho, ou trabalhar sozinho, mas sentir-se sozinho em meio à multidão. Ser só no sentido de não encontrar alguém com quem possa dividir seus sentimentos, ou pensamentos, ou um bom dia caloroso, apenas um olhar compreensivo que seja!



Essa bendita (porque prometi que não vou dar forças a ela criando vínculo de ódio, mas com muita vontade de dizer maldita) doença isola as pessoas, lança desconfiança sobre seus corações, incertezas, dúvidas e principalmente MEDO. Medo do futuro, medo de novas crises, medo de ter medo...

Estou com medo: de recaídas, do olhar das pessoas quando tenho crises, medo dos efeitos colaterais do biológico, medo do médico que não sabe o que faz com meu tratamento, de cair na rua de novo e machucar a coluna, do perito do INSS que esta semana acabou com minha dignidade, do futuro desse país, da reforma da previdência, dos preços dos remédios, de que o Lula vença as eleições (esse me dá até arrepios)... 

“Estar só é a condição original de todo ser humano. Cada um de nós é só no mundo.” De acordo com o filósofo existencialista alemão Martin Heidegger (1889-1976) na obra Ser e Tempo, a solidão é natural, é parte da existência humana. Pode ser que ele tenha razão, mas a solidão é cruel. O medo é cruel. 

Viver só e com medo faz parte de ter EA... Só, porque poucos serão os que te entenderão e com medo, de tudo que possa trazer o sofrimento da doença de volta!

Somos guerreiros de uma guerra particular contra o genezinho maluco no nosso sistema imunológico, contra nossas neuras e manias e principalmente contra nossos pesadelos pessoais.  

Que em 2018 tenhamos mais amigos e mais coragem, que este ano seja repleto de entendimento, compreensão e analgésicos para que a solidão e o medo das dores da alma não nos vençam...



Espondilite Anquilosante e exercícios físicos... e agora? Desafio Pilates

Boa noite, Como é bom estar de volta!!! Bora ao tema do post: EXERCÍCIOS FÍSICOS!! Dá um gelo na coluna, não é? Pois...