segunda-feira, 6 de novembro de 2017

A solidariedade que salvou minha vida...

Boa tarde,


Adoro falar com vocês, mas ultimamente a Espondilite deixou de ser o foco da minha vida.

Como já disse antes, ter descoberto a EA foi uma paulada que eu levei, perdi o rumo e fiquei desesperada. Quando passei da fase de curiosidade, de devorar livros para entender o que acontecia com meu corpo, passei à fase da revolta com o sistema médico no Brasil, com as leis e regras que regem nossa sociedade, enfim, tudo o que eu podia, eu criticava.

Mas, na verdade, minha revolta era comigo mesma, com meu corpo, com meu sistema imunológico, pois afinal o que esse raio de sistema tinha de estragar, de atacar e imaginar que minhas articulações são inimigas??? Com tanta gente no mundo, Deus escolheu a mim para carregar esse fardo!!



Após quatro anos de dor, cama, médicos e remédios, de cirurgias, de tristeza, insegurança e medo, impulsionada pela decisão do INSS de cortar meu benefício, resolvi retomar meu emprego e as rédeas da minha vida.

A Espondilite deixou de ser o foco e a coisa mais importante hoje, nesse momento, é minha família, meu trabalho e minha nova faculdade...

Já não sinto mais necessidade de falar sobre essa doença. Prefiro discutir política (se o Lula ganhar de novo vou embora do Brasil, mas depois eu conto sobre esses planos a vocês) ou futebol, ou assistir Greys Anatomy, ou Two and a Half Men, ou Simpsons com meus filhos... tenho tanta coisa mais interessante na vida, tanta coisa que me agrega conhecimento, prazer, alegria... não essa doença (que já chamei de maldita, mas que hoje simplesmente ignoro).

Mudei o foco!

Já não quero mais saber de novos tratamentos, afinal o meu vai bem, dentro do possível... já não quero mais lembrar que ela existe. 

Eliminei os comprimidos por conta própria, aliás só tomo quando preciso mesmooooo!
A injeção de Enbrel a cada 15 dias, que no começo foi uma tortura, hoje encaro como depilar as pernas, algo que preciso fazer de vez em quando.

E atribuo essa fase de paz, de calmaria, de total desprezo pela doença, à solidariedade das pessoas à minha volta. Aos meus parentes e colegas de trabalho e faculdade. Atribuo às pessoas que souberam entender quando estive de mau humor por conta da dor, quando atrasei porque acordei travada, quando faltei porque tinha consulta.




A solidariedade destas pessoas está salvando minha vida!

A solidariedade de entender, de ouvir, de estar por perto, de não desistir... 

Desejo a todos meus espondiloamigos que tenham um Paulo, Juninho, Rebeca, Nancy, Chicão, Átila, Fernanda, Alice, Dra Cláudia, Sônia, Patrícia, Marcelo, Freitas, José Roberto, Luara, Maiara, Hélio, Tácita... e tantas outras pessoas que me suportam todos os dias e por pura solidariedade ainda não desistiram de mim.



3 comentários:

  1. Excelente postagem!
    É muito bom viver junto contigo esta sua nova fase! Entusiasmada, radiante, valorizada!

    Parabéns! Eu te amo!

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  2. Parabéns pela determinação lindona. Já sou sua fã. Sou vítima do doença por tabela. Na verdade meu marido q tem. Mais estou nessa junto com ele e agora com vc. Bjsssss

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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