quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

Ano Novo... medo velho!!

Boa tarde,

Ano novo, vida nova, esperanças que se renovam... quem dera!

Doença ativa novamente, dores já na segunda semana de janeiro, mas como sou teimosa, sigo em frente!

Tantas pessoas me procuram para contar sobre as dores que sentem, as maneiras que encontraram para escapar da depressão, como estão superando essa fase terrível de suas vidas. Mas a esmagadora maioria sempre vem em busca de ajuda, de alguém que possa orientá-las, de alguém que as escute e as entenda, pois conhece suas dores. 

Talvez a maior dor que a EA cause seja na alma... já escrevi sobre isso em algum post passado (não me lembro qual), mas a cada dia que vivencio minhas dores, que conheço um novo espondiloamigo (como nos chamamos) tenho mais certeza que a tristeza de carregar sozinho as mazelas da doença é o que mais fere o paciente de EA.

Li essa semana algo sobre a solidão, sobre um estudo norte-americano que enfatiza que viver sozinho e isolado socialmente pode ser tão perigoso para a saúde quanto ser obeso ou viciado em drogas. Um outro artigo divulga um estudo recente da Brigham Young University (Estados Unidos) que reforça a tese de Aristóteles (384 a.C.-322 a.C.), de que o homem é um ser social e precisa dos outros, e jamais deveria ser só.

Por amor, por solidariedade, por fé, ninguém deveria ser só!
Essa solidão a que me refiro é aquela de saber-se só, sentir-se só. Não viver sozinho, ou trabalhar sozinho, mas sentir-se sozinho em meio à multidão. Ser só no sentido de não encontrar alguém com quem possa dividir seus sentimentos, ou pensamentos, ou um bom dia caloroso, apenas um olhar compreensivo que seja!



Essa bendita (porque prometi que não vou dar forças a ela criando vínculo de ódio, mas com muita vontade de dizer maldita) doença isola as pessoas, lança desconfiança sobre seus corações, incertezas, dúvidas e principalmente MEDO. Medo do futuro, medo de novas crises, medo de ter medo...

Estou com medo: de recaídas, do olhar das pessoas quando tenho crises, medo dos efeitos colaterais do biológico, medo do médico que não sabe o que faz com meu tratamento, de cair na rua de novo e machucar a coluna, do perito do INSS que esta semana acabou com minha dignidade, do futuro desse país, da reforma da previdência, dos preços dos remédios, de que o Lula vença as eleições (esse me dá até arrepios)... 

“Estar só é a condição original de todo ser humano. Cada um de nós é só no mundo.” De acordo com o filósofo existencialista alemão Martin Heidegger (1889-1976) na obra Ser e Tempo, a solidão é natural, é parte da existência humana. Pode ser que ele tenha razão, mas a solidão é cruel. O medo é cruel. 

Viver só e com medo faz parte de ter EA... Só, porque poucos serão os que te entenderão e com medo, de tudo que possa trazer o sofrimento da doença de volta!

Somos guerreiros de uma guerra particular contra o genezinho maluco no nosso sistema imunológico, contra nossas neuras e manias e principalmente contra nossos pesadelos pessoais.  

Que em 2018 tenhamos mais amigos e mais coragem, que este ano seja repleto de entendimento, compreensão e analgésicos para que a solidão e o medo das dores da alma não nos vençam...



Espondilite Anquilosante e exercícios físicos... e agora? Desafio Pilates

Boa noite, Como é bom estar de volta!!! Bora ao tema do post: EXERCÍCIOS FÍSICOS!! Dá um gelo na coluna, não é? Pois...