Olá pessoal,
Estou adorando essa ideia de blog, mal descubro alguma coisa e dá uma vontade louca de escrever e compartilhar com vocês!
Esta semana tive consulta com a Dra Claudia Matuoka Hino, no Hospital Abreu Sodré, na AACD de São Paulo. Como era de se esperar, vou fazer ressonâncias para detectar de onde vem minhas dores, depois conto a vocês.
Bem, vamos ao que interessa, aprender tudooooo o possível para um leigo sobre a tal ESPONDILITE ANQUILOSANTE.
Que é uma doença autoimune, degenerativa, crônica e sem cura, que inflama as grandes articulações do corpo, como coluna vertebral, quadril, etc nós já sabemos.
Mas, qual a causa? É hereditária? Quais sintomas? Tem tratamento? Calma, vamos por partes!
CAUSA
Segundo o Instituto Português de Reumatologia, não existe causa conhecida para a Espondilite Anquilosante (EA). No entanto, nos últimos anos, progressos no sentido de identificá-la levaram à associação da EA com um antígeno específico, o HLA-B27 e a transmissão genética deste explica que a EA apareça com mais frequência em certas raças e dentre elas, em certas famílias.
Os especialistas
sabem que a doença é cerca de 300 vezes mais
frequente em pessoas que possuem esse marcador genético HLA-B27.
Cerca de 90% dos pacientes brancos com espondilite
anquilosante são HLA-B27 positivos.
A teoria mais aceita é a de que a doença possa
ser desencadeada por uma infecção intestinal naquelas
pessoas geneticamente predispostas a desenvolvê-las,
ou seja, portadoras do HLA-B27.
A espondilite anquilosante não é transmitida por
contágio ou por transfusão sanguínea.
Mas cuidado: a presença do antígeno por si não significa ser portador de EA, assim como não ter tal presença não significa não ser portador. O diagnóstico é composto de vários elementos: exames laboratoriais, de imagem e anamnese, onde o médico consegue avaliar e fechar o diagnóstico positivo.
É HEREDITÁRIA?
Não, não é hereditária, embora o marcador genético HLA-B27 possa ser transmissível, não é certeza que a doença será desencadeada.
QUAIS SINTOMAS?
A EA é uma inflamação que provoca a calcificação da coluna. Sendo assim, os discos vão se juntando, a coluna vai se encurvando e ficando rígida, o que provoca muitas dores geralmente nas articulações dos quadris, ombros, joelhos e tornozelos.
O principal sintoma da espondilite anquilosante é a dor lombar causada por inflamação das articulações sacroilíacas e coluna vertebral.
Este tipo de dor é inflamatória, e manifesta-se de forma insidiosa, lenta e gradual, sendo difícil precisar o momento exato em que os sintomas começaram.
É a dor que piora com o repouso. "Quanto mais parado o indivíduo fica, mais dor ele sente. Ele normalmente acorda com dor na madrugada e de manhã é a pior parte do dia. É como se ele tivesse engessado", orienta o reumatologista Dr Percival Sampaio Barros.
Além da coluna e quadril, também pode haver inflamação dos ligamentos ou tendões, como por exemplo dor no tendão de Aquiles.
A espondilite anquilosante é uma doença sistêmica, o que significa que podem ser afetados outros órgãos do corpo. Em algumas pessoas, pode ocorrer febre, perda de apetite, fadiga ou envolvimento de outros órgãos, como pulmões e coração, embora isto aconteça raramente.Pode haver uma diminuição da função pulmonar, por diminuição da elasticidade do tórax, por isso, deve-se evitar fumar.
Ufaaaa kkkk acho que acabaram! Ah, estava esquecendo da uveíte, uma inflamação que causa dor e vermelhidão aos olhos. Agora sim, acabaram os sintomas...
TEM TRATAMENTO?
Sim, tem tratamento, embora ainda não tenha cura.
O objetivo do tratamento para controle da espondilite anquilosante é aliviar os sintomas dolorosos e reduzir o risco de deformidades. Para tanto, pode-se recorrer ao uso de medicamentos, à fisioterapia e à cirurgia, se for necessário substituir a articulação do quadril.
Entre os medicamentos indicados estão os anti-inflamatórios, os analgésicos e os relaxantes musculares. Quando estes não geram a resposta esperada, o médico pode usar imunomoduladores para melhorar a evolução dos sintomas. Medicamentos da classe dos bloqueadores do fator de necrose (TNF) são comumente usados, como o adalimumab, etanercept, infliximab e golimumab - no meu caso uso o Etanercept (ENBREL). Outra classe de são os indutores de remissão da doença, como a sulfassalazina e metotrexato.
Exercícios físicos são fundamentais, uma vez que a inércia piora a doença. Fisioterapias, exercícios de postura, esportes sem impacto como natação, enfim, se movimentar sempre!
Enfim, sempre consulte o seu médico sobre a sua espondilite, pois ela se manifesta de forma muito diferente de um paciente a outro, além dos sintomas que nunca são iguais.
Ele saberá a prescrição dos seus medicamentos, te orientará quanto a seus exercícios e sua fisioterapia e no seu aconselhamento geral para melhorar a sua dor e a sua auto-estima.
Falando em dor... a próxima página será sobre ela, a senhora e imensa DOR que sentimos!
Abraços,
Kika