domingo, 22 de novembro de 2015

Conhecendo A ESPONDILITE ANQUILOSANTE - EA



Olá pessoal,

Estou adorando essa ideia de blog, mal descubro alguma coisa e dá uma vontade louca de escrever e compartilhar com vocês!
Esta semana tive consulta com a Dra Claudia Matuoka Hino, no Hospital Abreu Sodré, na AACD de São Paulo. Como era de se esperar, vou fazer ressonâncias para detectar de onde vem minhas dores, depois conto a vocês. 

Bem, vamos ao que interessa, aprender tudooooo o possível para um leigo sobre a tal ESPONDILITE ANQUILOSANTE.

Que é uma doença autoimune, degenerativa, crônica e sem cura, que inflama as grandes articulações do corpo, como coluna vertebral, quadril, etc nós já sabemos.

Mas, qual a causa? É hereditária? Quais sintomas? Tem tratamento? Calma, vamos por partes!


CAUSA

Segundo o Instituto Português de Reumatologia, não existe causa conhecida para a Espondilite Anquilosante (EA)No entanto, nos últimos anos, progressos no sentido de identificá-la levaram à associação da EA com um antígeno específico, o HLA-B27 e a transmissão genética deste explica que a EA apareça com mais frequência em certas raças e dentre elas, em certas famílias. 
Os especialistas sabem que a doença é cerca de 300 vezes mais frequente em pessoas que possuem esse marcador genético HLA-B27. Cerca de 90% dos pacientes brancos com espondilite anquilosante são HLA-B27 positivos. A teoria mais aceita é a de que a doença possa ser desencadeada por uma infecção intestinal naquelas pessoas geneticamente predispostas a desenvolvê-las, ou seja, portadoras do HLA-B27. A espondilite anquilosante não é transmitida por contágio ou por transfusão sanguínea. 
Mas cuidado: a presença do antígeno por si não significa ser portador de EA, assim como não ter tal presença não significa não ser portador. O diagnóstico é composto de vários elementos: exames laboratoriais, de imagem e anamnese, onde o médico consegue avaliar e fechar o diagnóstico positivo.





É HEREDITÁRIA?

Não, não é hereditária, embora o marcador genético HLA-B27 possa ser transmissível, não é certeza que a doença será desencadeada. 


QUAIS SINTOMAS?

A EA é uma inflamação que provoca a calcificação da coluna. Sendo assim, os discos vão se juntando, a coluna vai se encurvando e ficando rígida, o que provoca muitas dores geralmente nas articulações dos quadris, ombros, joelhos e tornozelos. 

O principal sintoma da espondilite anquilosante é a dor lombar causada por inflamação das articulações sacroilíacas e coluna vertebral

Este tipo de dor é inflamatória, e manifesta-se de forma insidiosa, lenta e gradual, sendo difícil precisar o momento exato em que os sintomas começaram. 
É a dor que piora com o repouso. "Quanto mais parado o indivíduo fica, mais dor ele sente. Ele normalmente acorda com dor na madrugada e de manhã é a pior parte do dia. É como se ele tivesse engessado", orienta o reumatologista Dr Percival Sampaio Barros
Além da coluna e quadril, também pode haver inflamação dos ligamentos ou tendões, como por exemplo dor no tendão de Aquiles. 
A espondilite anquilosante é uma doença sistêmica, o que significa que podem ser afetados outros órgãos do corpo. Em algumas pessoas, pode ocorrer febre, perda de apetite, fadiga ou envolvimento de outros órgãos, como pulmões e coração, embora isto aconteça raramente.Pode haver uma diminuição da função pulmonar, por diminuição da elasticidade do tórax, por isso, deve-se evitar fumar.
Ufaaaa kkkk acho que acabaram! Ah, estava esquecendo da uveíte, uma inflamação que causa dor e vermelhidão aos olhos. Agora sim, acabaram os sintomas... 
TEM TRATAMENTO?
Sim, tem tratamento, embora ainda não tenha cura.
O objetivo do tratamento para controle da espondilite anquilosante é aliviar os sintomas dolorosos e reduzir o risco de deformidades. Para tanto, pode-se recorrer ao uso de medicamentos, à fisioterapia e à cirurgia, se for necessário substituir a articulação do quadril.
Entre os medicamentos indicados estão os anti-inflamatórios, os analgésicos e os relaxantes musculares. Quando estes não geram a resposta esperada, o médico pode usar imunomoduladores para melhorar a evolução dos sintomas. Medicamentos da classe dos bloqueadores do fator de necrose (TNF) são comumente usados, como o adalimumab, etanercept, infliximab e golimumab - no meu caso uso o Etanercept (ENBREL). Outra classe de são os indutores de remissão da doença, como a sulfassalazina e metotrexato.
Exercícios físicos são fundamentais, uma vez que a inércia piora a doença. Fisioterapias, exercícios de postura, esportes sem impacto como natação, enfim, se movimentar sempre!
Enfim, sempre consulte o seu médico sobre a sua espondilite, pois ela se manifesta de forma muito diferente de um paciente a outro, além dos sintomas que nunca são iguais. 
Ele saberá a prescrição dos seus medicamentos, te orientará quanto a seus exercícios e sua fisioterapia e no seu aconselhamento geral para melhorar a sua dor e a sua auto-estima.
Falando em dor... a próxima página será sobre ela, a senhora e imensa DOR que sentimos!
Abraços,
Kika

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Bem-vindos ao meu mundo...


Olá, pessoal...

Tenho um histórico de dores e médicos de dar inveja a qualquer hipocondríaco! 
Pretendo fazer uma postagem explicando, mas por hoje e para início, seria cansativo e chato, então, resumindo, sou portadora de Espondilite Anquilosante.

O que é isso?? Foi o que me perguntei quando ouvi esse termo pela primeira vez. A resposta da minha ortopedista cirurgiã da coluna, no Hospital Abreu Sodré, da AACD (aquela mesma do Teleton), foi que "é a inflamação do espôndilo". Depois descobri que espôndilo é o termo técnico para vértebra.

Espondilite anquilosante - EA é uma doença crônica, autoimune e degenerativa, que por enquanto não tem cura e que afeta grandes articulações do esqueleto axial, especialmente as da coluna e quadril, além de joelhos, ombros e pescoço. A inflamação também pode atingir outras partes do corpo, de acordo com a evolução da doença.

A EA faz com que as vértebras na coluna se fundam, fazendo com que ela fique menos flexível, resultando numa postura curvada para a frente, daí o nome anquilosante. Além disso, por causar o enrijecimento da caixa torácica, pode ser difícil a respiração profunda.

Nos quadros mais graves, podem ocorrer lesões nos olhos (uveíte), coração (doença cardíaca espondilítica), pulmões (fibrose pulmonar), intestinos (colite ulcerativa) e pele (psoríase).
Também ainda não se conhece a causa da doença, que acomete mais homens que mulheres, geralmente em fase adulta, a partir do final da adolescência até os 40 anos. Não tratada, pode tornar-se incapacitante.
O diagnóstico leva em conta sintomas, associados a resultados de exames laboratoriais de sangue e radiográficos nas articulações da região sacroilíaca.

O diagnóstico precoce é de extrema importância para evitar a progressão da doença e suas complicações.

Apesar de ainda não existir cura para espondilite anquilosante, com o tratamento adequado é possível diminuir a dor e minimizar os efeitos e sintomas da doença.
Na próxima postagem mais detalhes, sintomas, cuidados. 

Repito uma frase de uma amiga portadora: eu tenho Espondilite mas ela não me tem!

Abraços, 

Kika

Espondilite Anquilosante e exercícios físicos... e agora? Desafio Pilates

Boa noite, Como é bom estar de volta!!! Bora ao tema do post: EXERCÍCIOS FÍSICOS!! Dá um gelo na coluna, não é? Pois...